domingo, 11 de setembro de 2011



Livro "POR ENTRE AS FLORES DO PERDÃO" LANÇAMENTO SETEMBRO DE 2011 - R$19,90. VISITE O SITE www.barbaraeditora.com.br

No dia da formatura de segundo grau de sua filha Samantha, o Dr. Richard Johnson recebe uma ligação do hospital onde trabalha, solicitando sua presença para fazer uma operação de urgência numa paciente idosa que está entre a vida e a morte.
Como um bom médico, Richard deixa para depois a surpresa que preparara para a filha e para a esposa para aquele dia especial. Vai atender ao chamado de emergência. Um chamado que vai mudar a vida de todos, dar um rumo completamente diferente do almejado. Ensinar lições árduas...
“Por entre as flores do perdão” fará o leitor sentir na pele o drama de cada personagem e se perguntar o que faria se estivesse no lugar de cada um deles. A cada página viverá fortes emoções e descobrirá, ao final, que só as flores do perdão podem nos libertar dos lapsos do destino. Fazer renascer o amor afastado por uma tragédia.
Uma história de amor vivida nos dias de hoje, surpreendentemente reveladora e espiritual.

Américo Simões

Por entre as flores do perdão



Capítulo 1

Estados Unidos, Chicago, 2000
Nos Estados Unidos da América o outono começa em 21 de setembro. Em novembro, ondas de frio já se espalham pelo ar de forma bastante intensa. No fim do mês, em certas regiões, já se pode ter os primeiros dias de neve.
Richard Johnson, homem alto, de meia-idade, com cabelos grisalhos, rosto corado e jovial estava em sua casa, construída num bairro nobre da cidade, admirando pela janela da sala de estar, os primeiros flocos de neve da estação.
Os olhos profundos, de um azul esverdeado, sob as sobrancelhas regulares e escuras, transparecendo brilho e a chama da inteligência olhavam com admiração para a neve se espalhando lá fora.
Sua boca grande, curvava-se ligeiramente para cima, denotando prazer e alegria por assistir tudo aquilo. Foi o único hábito de criança que ele manteve ao longo da vida: parar, estivesse fazendo o que estivesse, pelo menos por cinco, dez minutos, para admirar a chegada da neve. Toda vez que isso acontecia, ele voltava um pouco a ser criança, aquele menino que desde muito cedo, já se interessava por medicina.
Vivia operando, de mentirinha, seus bonecos de pelúcia e as bonecas das primas e das amiguinhas. Os cachorros dos colegas, vizinhos e familiares quando se machucavam, era ele próprio quem fazia questão de por o remédio necessário e fazer o curativo se fosse preciso um. Até mesmo na família, quando um deles adoecia, era Richard quem se incumbia de cuidar de todos.
Por isso, não foi nada difícil para ele escolher qual carreira seguir no futuro. Desde muito tempo, ele sabia, que seria medicina. Seu empenho nos estudos garantiu a conquista de uma vaga numa das melhores faculdades de medicina dos Estados Unidos. Foi o pai, quem bancou, com grande gosto, o custo dos estudos. Morreu feliz, dez anos depois do filho ter se formado, por ver o destaque que Richard vinha conseguindo na sua área.
Seu sucesso não se dava por acaso, era por mérito que ele conquistava tudo o que vinha conquistando. Porque procurava se atualizar constantemente, para estar sempre por dentro dos avanços da medicina, dedicava-se de corpo e alma ao trabalho, como poucos, uma devoção à profissão não por dinheiro, mas por paixão.
Quando um paciente ou um familiar deste, chegava nele, e o agradecia por seu excelente empenho como médico, Richard compreendia o quanto valia a pena a sua dedicação ao trabalho.
Richard não se tornara querido por seus pacientes somente por salvar suas vidas, mas por ter uma alegria e uma vitalidade cativante, ser uma daquelas pessoas que se dá gosto de estar ao seu lado, cuja presença alegra o ambiente, afasta qualquer névoa da tristeza.
Esse era Richard Johnson, 43 anos. Cidadão americano, orgulhoso do seu país.
O silêncio da sala onde Richard se encontrava foi quebrado quando Samantha, sua filha única com Geórgia, esposa amada, entrou no aposento, chamando, baixinho, pelo pai. Richard voltou-se para ela, com um sorriso bonito, florindo nos lábios e perguntou:
– Sim, Sam, o que é?
Sam era o apelido de Samantha.
A jovem girou lentamente o corpo, para exibir o vestido bonito que usava.
– O que achou, papai? – perguntou.
O sorriso nos lábios de Richard se engrandeceu.
– Você está linda, filha.
A filha deu uma nova volta e tornou a perguntar:
– Seja sincero, papai, você gostou mesmo?
Os olhos do pai se encheram d’água.
– Já disse, honey, você está linda!*
Os olhos claro e vivos de Samantha, olhos bem parecidos com os do pai, pareceram ficar mais claros, de alegria, profunda alegria. Ela foi até o pai e o abraçou, forte e carinhosamente.
– Oh, papai, como eu amo você!
O pai foi recíproco:
– Eu também, Sam, eu também amo você, honey.
Samantha Galvani Johnson, carinhosamente chamada por todos, quase todos, de Sam, era uma jovem que acabara de completar a sua décima oitava primavera. O rosto era sensível e inteligente, a testa arredondada, as orelhas e o nariz num formato delicado e os cabelos de um louro avermelhado. O traço seu que mais despertava atenção eram os olhos claros, de um azul de porcelana, muito semelhantes aos do pai. Era, enfim, uma jovem com rosto de boneca. Uma criatura sensível, revelando primorosa educação e um enorme potencial para a compaixão.
Quando o abraço entre pai e filha se desfez, Richard puxou Samantha pela mão até a janela para que ela também pudesse testemunhar os primeiros flocos de neve cobrindo o jardim.
– Logo, tudo ficará branquinho, branquinho... – comentou a jovem, com doçura na voz.
– Quando eu era garoto eu e meus amigos mal víamos a hora da neve cobrir tudo para que pudéssemos montar bonecos de neve, castelos, tudo o que fosse possível.
– O senhor sempre gostou desse momento, não papai? Digo, o momento em que a neve cai pela primeira vez.
– Acho que é porque me remete aos meus bons tempos de criança, filha. É o único dia em que eu consigo me sentir criança outra vez. Atravessar o portal do tempo, voltar ao passado. Acho mesmo que essa admiração pelo primeiro dia de neve da estação, é influência dos meus pais. Falo sério, lembro-me como se fosse hoje, que assim que minha mãe ou meu pai notavam que estava caindo os primeiros flocos de neve da estação, tanto um quanto outro dizia a toda voz:
“Virginia está nevando!”.
Ou minha mãe dizia:
“Bill, a neve! A neve chegou!”
Era um momento de festa para os dois. Eles então passavam a noite tomando vinho, comemorando a chegada da neve. Era sempre um momento muito querido por todos em minha casa.
“Assim que a neve se acumulava sobre o solo, começávamos a montar bonecos de neve. Perto do natal, nosso jardim, já estava repleto deles. Era a casa do bairro e, acredito, até mesmo da cidade, que mais bonecos tinha em seu jardim. O coral da igreja reservava sempre uma noite, as vésperas do natal para se apresentar em frente a nossa casa e boa parte da vizinhança vinha assistir o grande momento. Era uma noite de festa.
“Ao fim da grande noite, quando eu já me encontrava em meu quarto, embrenhado debaixo das cobertas, meu pai sentava-se na pontinha da cama, olhava para mim e dizia:
“– Nunca se esqueça, Richard.
“Ele sempre me dava o mesmo conselho todo ano, levou tempo para eu perceber isso. Ele dizia:
“– Eu e sua mãe nos tornamos adultos, mas não é porque nos tornamos adultos que deixamos de fazer meninices, criancices... Tal como montar bonecos de neve, vesti-los com os acessórios mais engraçados para deixá-los ainda mais bonitos e divertidos...
“O inverno nunca será triste se você aprender a fazer coisas que o tornem alegre. Nada, nunca será triste se você se dispuser a combater a tristeza com uma boa dose de alegria.
“Eu, então, prometia a ele:
“– Eu não me esquecerei, papai.
“Papai, então, me dava um sorriso bonito, beijava a minha testa e completava:
“– Boa noite, Richard, tenha bons sonhos.
“– O senhor também, papai.
Em seguida, apagava a luz e deixava o quarto, encostando a porta assim que passava por ela. Eu ficava ali olhando para a janela, rememorando os conselhos do meu pai e os que minha mãe me dava. Conselhos que fizeram grande diferença na minha vida.

3 comentários:

  1. Este livro faz nós perceber que tem pessoas que já tem o conhecimento espiritual...inconscientemente e também tem muitas pessoas que precisa evoluir....mas espero que eu ainda esteja na busca desta evolução!!!!

    Liliane Pontes

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  2. Eu recomendo a leitura...

    A todos os médicos da Terra, por todas as provações que passam, e pela tão grandiosa missão que têm de salvar vidas, almas, e do quanto isto representa... que as Palavras do livro os inspirem a seguirem, a perseverarem, a acreditarem que fazem SIM a diferença neste Mundo, a se dedicarem, a se Entregarem às suas missões de corpo, alma, a serem médicos de coração, de alma... mas não perderem ou resgatarem sua humanidade. E que estudem sempre, pois é o Conhecimento que nos retira da Ignorancia.

    Aos medicos que não acreditam que existe Algo entre o Céu e a Terra e nas explicações pra Tantos Milagres que vivenciam, e que racionalmente nao conseguem explicar.

    A todos que passaram por perda de entes queridos, como eu, e que podem não entender, aceitar, independente da crença, religião, filosofia que sigam, a imortalidade.

    A todos que passaram, como eu, pela perda de entes queridos, familiares, amigos-irmãos por assassinato. De fato, existe Muito entre o Céu e a Terra e, nós, com nossos pequeninissimos olhos de ver e ouvidos de ouvir, não conseguimos alcançar, entender. Superar. Eu pude presenciar, nesta vida, a re-ação da perda das 2 famílias, uma totalmente da outra, e eu tb entendo e não julgo. E foram grandes aprendizados pra mim, que estão em Lindas Palavras, com emoção, neste livro. No meu caso, uma mãe que viveu anos em depressão x uma outra mãe que no proprio dia do velório pedia a Deus que perdoasse o assassino.

    Eu não sou mãe ainda... mas... recomendo a todas as mães tb.

    A entendermos o Amor Incondicional, o que é capaz de nos fazer abrir mão, soltar e seguir um diferente caminho, em prol da felicidade do outro.

    Aos que queiram viver um pouco mais de história da Querida e Iluminada Colonia Nosso Lar, além dos livros, peças e do tão recente filme que Ricardo Prieto perseverou tanto para levar aos Cinemas, e o Alto, neste movimento da Nova Era, permitiu.

    Aos que tem qualquer tipo de vicio, e nao falo de drogas, alcool, sexo... não ! Rotulamos apenas estes como vícios mas somos capazes de vícios tão ou mais dilacerantes. E que muitas vezes nem temos a menor consciência e mais ainda aceitação, que pra mim é o início da cura.

    Aos que passaram por traumas, dificuldades e tem dificuldade de reagir, de retomar a vida.
    A cada momento existe uma chance de Renascer, Reescrever a Historia, e Deus Permite e quer isto de nós.

    Ao perdão em si, algo que, pra mim, é ainda muito dificil de conceber, entender, explicar... Uma vez um Guia Espiritual me Confortou e me disse que o Perdão é realmente, de fato, de verdade, um sentimento que nós humanos desconhecemos e/ou não vivemos na prática. O que procuro fazer é passar adiante, em nova oportunide, fazer diferente... como tb Clara nos Fala no livro.

    Recentemente pedi Maleme (perdão) a um Mestre, Guia de Luz, um Querido Pai (Preto) Velho, pelos meus erros e desvios no meu caminho espiritual, pels minhas rebeldias, e Ele surpreendemente me respondeu "Meu maleme é vc viver". A todos nós que ficamos presos ao passado, a situações, e não seguimos, recomendo a leitura.

    A todos nós que, pelo consciente coletivo, pelo país em que vivemos, pelas nossas ancestralidades, temos muito enraizada a Culpa... recomendo a leitura... A culpa, que aliada a necessidade de vingança e raiva, somente corrói a nós mesmos... e de nada nos adianta em nossas evoluções.

    Aos que creem que é somente se colocando no lugar do outro que podemos começar a agir diferente.. até se tornar um hábito.

    Aos encontros e desencontros da vida e que não alcançamos, não entendemos, não queremos que seja da forma que é, no tempo que é... pois somente o Pai e o Sr Tempo Sabem...

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  3. (continuando acima)
    Para nos ajudar a resgatar, a entender, a aceitar que TUDO o que precisamos está dentro, unicamente dentro de nós, é a nossa maior força, e é no coração, puramente, no coração... mas que é tão dificil ao mesmo tempo de alcançarmos e o "lermos". Ou de aceitar o que ele nos diz e pede. Pq as cobranças externas e principalmente internas são nosso maior cativeiro da alma.

    A todos homens, mulheres, casados, separados, divorciados, com filhos... acredito que não há nada melhor e são pra filhos que serem criados num verdadeiro lar amoroso, e não, como na maioria dos relacionamentos, a "manutenção" de relacionamentos, de situações que somente e tao somente trarão repercussões e consequencias sérias a todos, e que só dissolverão com muito tempo e quissá vidas.

    A todos tb que tiveram e tem seus relacionamentos afetivos, de fato "Nenhum é em vão". Parece contraditório ao dito acima, mas é fato. São Caminhos que temos de percorrer, viver, evoluir, vivenciar...

    Aos que tem medo de serem felizes de verdade, aos que acreditam ou não tem idéia de que são merecedores de felicidade, porque é Isto que o Pai Espera e Quer de nós. Tão somente isto. Não que a vida será um mar de flores, pelo contrário, mas que consigamos ver as Flores sempre dentre os Espinhos necessários ao nosso crescimento e nos permitamos nos entregar as Flores, as Borboletas, aos Perfumes, as Cores...

    Aos tantos de nós que acreditam em vingança... quando ela somente faz principalmente tão mal a nós mesmos. A Lei. A Justiça. São do Pai. E o que fazemos, arcaremos. O que plantaremos, colheremos.

    Aos tantos desacreditados no Amor... Ele é definitivamente o que "vence todas as barreiras".

    Aos que acreditam que o sofrimento é um pesar... quando é um grande libertador, curador, Instrumento de Evolução...

    *********************************

    Por fim, a Clara, meu Muito Obrigada. Pelos 4 livros lidos, em menos de 48h cada... Impressionante. Palavras a minha mente, consciente, inconsciente, alma, através da emoção, do coração.

    Ao Pai, Muito Obrigada pelas Palavras de Clara terem chegado até mim, e estarem fazendo Parte tb, como tinha Intuido, de um Processo de Cura minha... Porque também acredito que vivemos em eterna cura... do corpo, da mente, do físico, das emoções, do espírito, da alma.

    Com muito amor, gratidão, respeito,
    E Humildade.
    Por Helga

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